A dificuldade em manter-me como mera espectadora, enquanto a vida pinga, escoa e corre, lá fora e cá dentro.
Para que conste, este blogue não esteve sequer enfermo. Manteve-se vivo ao longo de mais de um ano, em reflexões mudas, que não chegavam ao teclado nem sei bem porquê. Não, não vegetou. Viveu, de facto. Viveu e cresceu, de tal modo que, passando em revista o que ficou para trás, asseguro que há por aqui desabafos e devaneios que considero hoje descabidos, ridículos, fúteis, ocos, exemplares únicos do que é o kitsch de linguagem, marcado por tiques de expressão recorrentes. Antes o aparente desprezo a que votei este espaço, do que a verborreia que - essa, sim - o debilita e condena. Nem tudo o que mexe está vivo, nem tudo o que parece imóvel carece de vitalidade.
Mas hoje quis voltar. Preciso de voltar. Isto porque "ter opinião formada" não chega. Acumular experiências de vida, como quem junta mais um cromo à caderneta, deixa-me incompleta e em dívida. Ao longo deste último ano senti muitas vezes necessidade de deixar escrito, afirmar e partilhar por meio do teclado posições pessoais e episódios de vida. Posto isto, eis que a saudade e ânsia levantam fervura e me trazem de regresso. Não foi fácil, ou não estivesse o ponto de fusão da minha inércia muito para lá dos 100 graus centígrados.
Sem garantias, porque tão crónica é a ânsia quanto a inércia.
Para que conste, este blogue não esteve sequer enfermo. Manteve-se vivo ao longo de mais de um ano, em reflexões mudas, que não chegavam ao teclado nem sei bem porquê. Não, não vegetou. Viveu, de facto. Viveu e cresceu, de tal modo que, passando em revista o que ficou para trás, asseguro que há por aqui desabafos e devaneios que considero hoje descabidos, ridículos, fúteis, ocos, exemplares únicos do que é o kitsch de linguagem, marcado por tiques de expressão recorrentes. Antes o aparente desprezo a que votei este espaço, do que a verborreia que - essa, sim - o debilita e condena. Nem tudo o que mexe está vivo, nem tudo o que parece imóvel carece de vitalidade.
Mas hoje quis voltar. Preciso de voltar. Isto porque "ter opinião formada" não chega. Acumular experiências de vida, como quem junta mais um cromo à caderneta, deixa-me incompleta e em dívida. Ao longo deste último ano senti muitas vezes necessidade de deixar escrito, afirmar e partilhar por meio do teclado posições pessoais e episódios de vida. Posto isto, eis que a saudade e ânsia levantam fervura e me trazem de regresso. Não foi fácil, ou não estivesse o ponto de fusão da minha inércia muito para lá dos 100 graus centígrados.
Sem garantias, porque tão crónica é a ânsia quanto a inércia.
4 comentários:
:) já tinha saudades de ler em bom português...que eu farto-me de aprender contigo.
E as crianças, miúda, e elas? Grandes, posso imaginar...
Bjs
:)))))))
weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!
Grandes, Raquel, grandes... posso dizer que já não há bebés cá por casa...
Bem, por falar em gente grande, espreitei de novo o teu canto e fiquei de queixo à banda! Também já não tens proriamente bebés! Caramba! Grandes e giros!
Obrigada pelas tuas palavras, mesmo. Estás sempre na linha da frente das que mantêm o "mais dia" a mexer.
Beijinho.
Também tu na linha da fente, Inês. Um beijinho.
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