domingo, outubro 29, 2006

Dialéctica - Muito pior que a idade dos porquês!

- R.! Quem fez este desenho na parede?

- Quem fez eche 'senho? Quem fez?...

- R., olha para a mãe! Quem fez este desenho na parede?!

- Não sei.

- R.!!! Terá sido o papá?!

- Terá, terá! Terá, terá!

- R.!!!!! Quem fez isto na parede?

- Isso é um 'senho.

- Sim, é um desenho. E quem fez o desenho na parede?

- O lápis.

- Sim, foi o lápis. E quem desenhou com o lápis?!

- Não sei.

Desisti. E o caso só vem confirmar a minha teoria: a desgraça deste país não está tanto num mau Governo, mas antes numa fraquíssima oposição.

sábado, outubro 21, 2006

Compreendo que não compreendam

Chegando à escola...

- A setora não tem frio???!!!

- Quem carrega um bebé de 15 Kg ao colo não pode ter frio...

- Bebé???!!!...

Compreendo...

quarta-feira, outubro 18, 2006

TLEBS

É servido? Sabe o que é? Eu explico, num instantinho: "Terminologia Línguística para o Ensino Básico e Secundário". Entendido? Não? Ai isso agora é que é pior!... É que eu sei ainda tão pouco sobre o assunto, que não posso ajudar muito mais... Digamos, assim numa linguagem muito terra-a-terra, que expirou o prazo de validade de uma parte muito significativa dos termos e conceitos que a gramática tradicional me ensinou. A título de exemplo: as orações foram à vida e os complementos circunstanciais finaram-se. Os quantificadores são caloiros na morfologia e os nomes sofreram um upgrade que passa a ocupar na cabeça das crianças mais uns supérfluos bytes de memória. Percebeu? Não???!!! Eu também não, calha mal... Calha muito mal mesmo, porque sou eu que tenho de ensinar aos meus alunos aquilo que eu prória não domino! É o pânico instalado. Isso mesmo. Entendeu muito bem. Daqui para a frente, os professores de Português - língua materna para a maior parte dos nossos alunos (ainda...) - estarão a vomitar termos e conceitos que eles próprios não dominam.

Mas não é grave, continuamos longe do estado de calamidade. Afinal de contas, isto vai sendo tudo aferido ao longo dos anos - quiçá séculos, que a coisa não é nada simples! - e o que não estiver a pegar muito bem pode sempre ser ajeitado... como se os miúdos andassem na escola à experiência, a ver o que dá...

Ai não estava a par de nada disto? Ora então panique! Panique que eu já estou cansada de panicar sozinha e de ouvir dizer que o pânico nem se justifica... Não vale a pena? O seu filho ainda nem nasceu? Panique! Panique já, que isto promete!

Professor Lindley Cintra, Professor Celso Cunha, adeus. Tive muito gosto.

terça-feira, outubro 17, 2006

Há genes que considero "presona non grata"

Como aquele que leva a minha filha mais nova, mais velha, do meio (porque é a única) a entrar em histeria só porque vê um cabelo no chão. E eu sei muito bem onde foi ela buscar esta obsessão que não é minha... que eu nestas coisas do aprumo doméstico passo muito tempo em greve, no cumprimento dos mais elementares serviços mínimos.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Blogs


Uns são janelas, outros cortinas. E que ninguém tenha a pretensão de julgar que distingue perfeitamente uns e outros.


Este... Janela ou cortina? Esse... Janela ou cortina?

domingo, outubro 15, 2006

sábado, outubro 14, 2006

Epidemias



Chegaram aos bolos de aniversário.


Como era inevitável.


JAMAIS DANS LA VIE!!! - digo eu.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Que tal...

... Um diospiro? E uma maçã? E um diospiro-maçã? Juro que existe. Hmmmmmm!!!...

domingo, outubro 08, 2006

Da cama

Hoje já não foram os lençóis que nos acolheram naquele ponto ameno da escala centígrada. Pelo contrário: hoje tivemos já de os torcer, enrolar, apertar, bafejar de cara tapada, para que nos pudessem devolver algum calor. Finalmente. Tinha saudades de noites assim.

sábado, outubro 07, 2006

domingo, outubro 01, 2006

Porco, javardo, imundo leitor!

Este post é para si, que alguma vez na vida pôs o cãozinho a defecar na rua, seja onde for: um passeio, a berma da estrada, um canteiro, a relva do jardim, a porta da casa da vizinha... e não teve o cuidado de recolher a trampa que o seu boby largou. Como as suas mãos não se podem prestar a semelhante serviço, têm de ser as minhas a esfregar as solas dos sapatos, debaixo de água corrente, na minha casa de banho, na minha banheira, para, por fim, ter de desinfectar tudo com a minha garrafinha de lixívia e o meu esfregão (que logo depois é despachado para o lixo, por razões óbvias)!

Venho só deixar o aviso: se o apanho um dia, pode contar com um monte de esterco desmanchado sobre o seu tapete - trampa de gente, cujo fedor excede em larga escala o dos bichos!