quinta-feira, janeiro 24, 2008

Dos tachos e do Amor

Pensava eu – defendia-o com toda a convicção – que ninguém pode dar o que não recebe e que o inverso era também verdade – que acabamos por devolver ou vomitar o que nos dão e vamos absorvendo. Afinal não é assim. Nenhuma das premissas se verifica invariavelmente.

Eu conhecia a resposta, a ponto de ter deixado de fazer a pergunta. Não valia a pena procurar saber o segredo daquele soufflé nem o truque do rolo de carne. Eram delícias de Amor e pronto. Para a minha mãe nada daquilo tinha a ver com uma excelente mão para a cozinha. Dizia ela, sempre, que o tinha feito com Amor, com muito Amor, e que desta forma tudo saía apurado. Ora, sabendo-a eu tão mal amada, tão temperada de sal e ofertada de fel, como era possível verter naqueles tachos um Amor assim? Compreendo hoje que falava do Amor que nos tinha, aos filhos, traduzido em combinações perfeitas de ingredientes, à partida comuns e irrelevantes. Isso eu já entendi, com dez anos já o entendia. O que continua a fazer-me confusão é a facilidade com que deitava aos tachos o que não recebia, nem tinha como comprar ou trocar... Onde ia ela buscar tanto Amor? Tanto, tanto, como só pode atestar quem se sentava à mesa lá em casa. Afinal, também eu hoje me debato com os tachos e tenho de me confessar incapaz de semelhante prodígio... Lágrimas e a mais elementar das macarronadas são pura e simplesmente incompatíveis, de tal forma que a qualidade do que levo à mesa é o reflexo fiel do meu estado de alma.

Ontem, o frango da mãe cá de casa não apurou. A minha mãe tê-lo-ia feito tão bem...

quinta-feira, janeiro 10, 2008

A mãe dá


Ai, dá, dá! Tanto que a encomenda está despachada! Fantásticas estas bonecas-mamãs-parideiras-amamentantes! O pormenor do cordão e da placenta é ou não uma delícia? Ai que veio mesmo a calhar! É só espreitar.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Eh, pá!


Escapou-me! Esqueci-me de assinalar a efeméride, o estrondoso acontecimento, o que realmente podia ter aberto os Telejornais e primeiras páginas do dia... Escapou-me...






A MIÚDA CORTOU PELA PRIMEIRA VEZ O CABELO! Aos 3 anos!!! Os caracóis continuam lindos, não muito diferentes, mas estamos agora muito mais à vontade para voltar à cadeira (que é como quem diz à mota) do cabeleireiro. Ela agradece-te a ideia.

Ah! O Telejornal seria o de 21 de Dezembro último. Escapou...


Pedra preciosa


Caminho(s) em férias


O Pai Natal volta?

Nota: Pode vir sem Clooney. Dispenso. Bastam as cápsulas, as pretas, já agora.