sexta-feira, setembro 30, 2005

Vai cair! Vai cair!

Estão a ver ali, quase, quase a cair, agarrado à penugem? Conseguem ver? Sonho com isto desde a ecografia morfológica...

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quinta-feira, setembro 29, 2005

Já??!!

A Pirralhita chegou a casa com as unhas verdes e uma risca de tinta amarela no biberão...

Entendo-te tão bem...

Leitinho a aconchegar o estômago; rabinho tratado; fralda mudada; roupinha vestida; carinha lavada; pezinhos empoeirados de talco (não vão os dedinhos dobrar enquanto lhe calço os sapatos); comprovada a insustentável leveza de um ganchinho, a muito custo preso no cabelo que não tem; chucha na presilha; casaquinho desapertado, só para fingir que é mesmo Outono...
Em contraste estava o pai: deitado sobre a cama, como um crucificado, com o pijama dela a cobrir-lhe a cara.
- Que estás a fazer, querido?!
- O cheirinho dela...

Complexos

Mas quando é que ela diz "mamã" sem ser para se queixar?!

segunda-feira, setembro 26, 2005

Agora que já não choro

Posso falar do meu sentimento de culpa, que vai ser sempre isso mesmo. Vou já avisando que não há "comentários" que possam aliviar este meu estado de espírito. Se uma etiqueta se destacasse aqui do lado direito das minhas costelas diria:"100% culpa. Do not whash."

Desculpem-me a presunção, mas vou falar como se fosse a mãe da Humanidade. O sofrimento físico de um filho atinge-nos directamente o coração, sem passar pelo cérebro. Não nos peçam racionalidade! E isto não se entende. Não se entende, porque pode até nem ser o pior dos sofrimentos, mas a verdade é que é assim. Agora, pensando bem, se me dessem a escolher entre um rabinho assado e uma entrada traumática para a creche, com choro, baba e ranho, eu teria de optar, muito conscientemente, pelo rabinho assado. Mas não foi nada disto que me passou pela cabeça ultimamente. A verdade é que a Pirralhita andou estes últimos dias de rabinho assado, porque a mãe teve um deslize no zelo que lhe é devido. NÃO ME PERDOO!!! A caminho do trabalho, a imagem da minha filha aos gritos de dor inundava-me os olhos e obrigava-me a limpar a cara às costas das mãos e às mangas da camisa, para poder distinguir o verde e o vermelho em cada semáforo que passava. Ontem, não conformada, cheguei mesmo a pôr em causa o meu quociente de inteligência e fui fazer
o teste. Resultado: estou na mediania. Como???!!! Como é possível que uma mãe medianamente inteligente deixe um filho de rabinho pelado?! O farmacêutico lá explicou que são os dentes. A urina e fezes tornam-se mais ácidas, pelo excesso de salivação, e a assadura é inevitável. Qual xixi, qual cocó!!! Não quero saber de nada disso!!! E a minha filha também não, com a pele naquela desgraça!!! Sem desculpa! Não quero saber! Não quero ouvir! Não vai voltar a acontecer!
Pausa. Uma noite de sono. O racionalismo é finalmente chamado a intervir. Conclusões:
  • Sim, é verdade, o romper dos dentes é muitas vezes responsável pelo eritema nadegueiro (assadura).
  • Por mais grave que se apresente, esta situação pode ser tratada em três dias. Como? Bom, corri tudo. Fiquei a conhecer todas as pomadas, cremes, unguentos e loções que a botica tinha para oferecer. Esgotei os truques. Sim, esse da maizena também! Cá vão as dicas, fruto do meu calvário, para tratar uma assadura mesmo feia:
  1. Pôr de lado os toalhetes de limpeza. Passar a usar gaze não tecida, encharcada em 1er eau da Uriage, ou Phisyobebé, da Mustela, só para retirar o excesso de pomada da muda anterior, com muita delicadeza.
  2. A lavagem do rabinho, propriamente dita, deve ser feita à torneira, com água fria ou morna, com Lactacyd (esse mesmo, o da nossa higiene íntima!). O resultado do uso deste produto é impressionante! A assadura começa a melhorar a olhos vistos!
  3. Secar muito bem o rabinho, com turco macio, sem esfregar, com palmadinhas suaves.
  4. Se possível, deixar o bebé um bocadinho de rabo ao léu.
  5. Espalhar uma camada muito generosa de Eryplast, da Lutsine, sobre a área a tratar.
  6. Se possível, deixar o bebé sem fralda, caso contrário, pôr-lhe a fralda larga.
  7. Repetir toda a operação de hora a hora e sempre que tenha cocó.

É lindo o racionalismo, não é?

NÃO ME PERDOO!!!

quarta-feira, setembro 21, 2005

Madurezas

Entrei na perfumaria, a correr, na minha hora de almoço que hoje não chegou a ser, em busca de uma prenda para a avó N., mãe do P. - sogra, pois... mas não gosto do termo e nunca a trato assim.
O cheirinho teria de ser mesmo um cheirinho - o mais discreto possível, sóbrio, muito "avó", mas sem descambar para o aroma de sacristia. Peguei no Madame Rochas... Nããã! Demasiado decrépito, nada a ver com os olhos sorridentes da avó N. Passei ao Ô de Lancôme... Também não. Demasiado estival, em desacordo com o Outono que já se sente. Apanhada pela exuberância de um frasco em forma de balão de ensaio, tingido de verde alface, como se a tinta não tivesse chegado para a obra perfeita, arrisquei o teste. Borrifado o cartãozinho de ensaio, aproximei o nariz. Bom, escuso-me aqui a descrever a informação que me chegou ao cérebro, qual choque eléctrico em fulminante descarga. Basta imaginarem o seguinte: de repente só me ocorreu uma avó de mini-saia e plumas no cabelo, muito desgrenhado, como se usa agora. Aquilo foi o suficiente para me fazer saltar para o clássico dos clássicos: Chanel nº 5. Pedi o frasco maior, que a avó até merecia cinco litros, mas não há... Já na caixa, perguntam-me se é para oferta. O embrulho ficou bonito... talvez um pouco festivaleiro, a dar assim um bocadinho com o perfume do balão verde, mas não estava mal, atendendo à ocasião... Despachei o pagamento e fiquei à espera que a moça acabasse de vasculhar as gavetas das amostras, a ver o que me havia de dar. "O do costume" - pensava eu já no limiar da impaciência, a imaginar as amostrinhas de perfume, género essência de pudim... e logo para mim, fiel ao mesmo perfume há mais de treze anos... Quando encontrou finalmente o que me queria dar, explicou: "Um cremezinho reparador da Lancôme, para usar à noite!" OK.
Zarpei com a mira numa sandes que me fizesse esquecer a fome. No caminho até ao carro deitei os olhos para dentro do saco, só para ver de novo o embrulho, e topei com a oferta. Peguei na caixinha e li: "First Signs of Ageing Visibly Skin Regenerating Night Treatment". Pronto! É óbvio e desconcertante! As primeiras rugas já não passam despercebidas!... Por outro lado, posso sempre ver a coisa sob uma perspectiva mais optimista: é melhor uma oferta destas do que uma outra que usasse aquele abominável eufemismo das "peles maduras". Esse é que não suportaria! Já terão reparado na habilidade do marketing, que agora chama às peles encarquilhadas e amachucadinhas "peles maduras"... E eu dou por mim a imaginar a minha pele "madura"... Pior: imagino-me com a pele a cair de podre! É natural, não é? O que amadurece acaba por cair de podre, se não for bem aproveitado...
Ironia de tudo isto: lembram-se como começou o post? Eu entrava na perfumaria à procura de um perfume muito "avó"...

terça-feira, setembro 20, 2005

Porque a vida não me dá razões de queixa...

Não há nada como um refogado queimado para terminar o dia em beleza.
Nota: Não me estou a queixar, só a constatar a adversidade...

I´m an alien

É exactamente assim que me sinto, quando toda a gente me fala num endereço gmail, nos fantásticos efeitos da sessãozinha de Pilates e no viciante sudoku. Lá para o Natal - quem sabe? - talvez me sinta menos alienada...

STRESS

Ao mesmo tempo, fingia que almoçava, passava os olhos pelo último catálogo do Ikea e ouvia um disco de canto gregoriano que para ali tinha e já me tinha esquecido que tinha, mas ainda bem que o tenho. Não satisfeita com a simultaneidade das três tarefas, e não sei a propósito de quê, comecei a sentir-me stressar com a festa de anos da Pirralhita que é já amanhã- a 26 de Novembro! - e eu com a casa em absoluto desacordo com o estrondoso evento! Bolas! 1 ano é 1 ano! SOCOOOOOOOORRO!

domingo, setembro 18, 2005

Para onde vai 1/4 do meu orçamento mensal

Batata
cebola
nabos
alho
abóbora
couve-lombarda
couve-galega
couve-portuguesa
couve-flor
bróculos
grelos
nabiças
courgetes
alface
feijão verde
espinafre
pimento
pepino
alho francês
favas
ervilhas
limão
acelgas
tomate
coentros
salsa
poejo
manjericão
hortelã
maçãs
pêras
bananas
ameixas
morangos
laranjas
uvas
pêssegos
kiwis
papaia
manga
ananás
figos
romãs
mirtilos
framboesas
amoras
iogurtes simples
iogurtes de fruta
carne fresca
carne congelada
peixe congelado
comida pré-cozinhada
boiões para bebé
papas para bebé
leite para bebé
fraldas
queijos
requeijão
azeitonas
tremoços
pão
enchidos
vinhos
água
sumos
azeite
vinagre
massa de pimentão
ketchup
polpa de tomate
concentrado de tomate
bolachas
croissants
avelãs
amêndoas
amendoins
tâmaras secas
figos secos
pistachos
algas secas
chás
café
cereais
farinhas
leite
leite em pó
ovos
puré de batata instantâneo
massas
arroz
feijão
lentilhas
(...)
Está tudo aqui e aqui.

sexta-feira, setembro 16, 2005

FAQ

Ela é feliz, não é?
Diz o pai para a mãe e a mãe para o pai, dia sim, dia sim.

terça-feira, setembro 13, 2005

(Em) Crescendo

Não é só a filha que já tem dentes. Eu já distingo a salsa dos coentros, sem ter de os cheirar. O pai já distingue roupa branca e roupa de cor, quando tem de a pôr na máquina. Tudo cresce, cá em casa.

Doce rotina

Sete da manhã. A rotina manda e a fome não perdoa: um biberão de leitinho atestado. Cheia de mimo, mantém os olhos fechados. O esquerdo pisca a cada dez segundos para dizer: "Não estou a dormir, é mesmo mimo. Só." Aproveito a onda e deixo que os dedos se esgueirem por aquele espacinho aberto, entre a t-shirt e as calças do pijama, e fecho os olhos, também eu cheia de mimo.

domingo, setembro 11, 2005

Memorando

Fez esta semana um ano que iniciei a minha preparação para o parto. Não, não vou contar aqui como foi o nascimento da Pirralha, não vos vou martirizar com 9 horas de trabalho de parto - curto tempo, tratando-se de um primeiro filho.
Nem sei bem se tenho saudades dessa fase - foram tempos de muita ansiedade latente. De quem tenho saudades mesmo, e isso é para mim uma evidência cada vez mais óbvia a cada dia que passa, é da MULHER que me preparou para ajudar a minha filha a nascer.
Muito obrigada, Doutora Graça Mexia! Até ao próximo...

Cá p'ra mim...

Isto há-de querer dizer alguma coisa... Andar constantemente a pensar: "Não seria caso para mudar de pediatra?" - quer dizer o quê? O quê?... Quê?...

BINGO!
É isso mesmo!
P.S. A consulta de 5ªfeira nem correu mal. A Pirralhita lá está com os seus 9,650 kg, 72 cm mal medidos (nem esperou que se esticasse)... Não gostei foi da ideia da açorda. Açorda?! Para uma bebé de 9 meses que ele acha que tem excesso de peso?!

2º dente!

E vão dois. É só pr'avisar.

quinta-feira, setembro 08, 2005

ESPANTO!...



Ainda estou de boca aberta com a maravilha que me trouxe o carteiro esta manhã: a capa para os meus livros, da Tânia Ho! Não queiram saber o que é isto nas nossas mãos! As fotografias não lhe fazem justiça! Obrigada, Tânia! Já ando com ela para todo o lado, semeando inveja por cada canto!

quarta-feira, setembro 07, 2005

Outono


Quando o prato nos fala da sua chegada, não há como negar as evidências. De olhos nestas cores pensei: "Que salada tão Outono." É por estas e por outras que a folha caduca e a chuva miudinha nunca me deprimem, nesta altura do ano.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Na cozinha

Há homens que não são muito dados à cozinha. Tudo bem. Depois há aqueles, como o meu, que vão mais longe, e sentem pelos tachos, panelas, caçarolas, púcaros, chaleiras e fervedores um verdadeiro desprezo, a ponto de não os distinguirem sequer.
Aqui ficam algumas pérolas exemplificativas:
- Querido, que almoçaste hoje?
- Hoje? Hoje foi... Ai, como é que se chama? Ah! Bacalhau espirituoso!
Outra:
- Ah!!! Querido! Vai lá dentro num instante ver se o bacalhau com natas que deixei a gratinar já está bom!
Trinta segundos depois estava ao pé de mim:
- Já vi.
- E?...
- Não sei...
- Ãh?!
- Não sei. Parece um vulcão.

sábado, setembro 03, 2005

Um dente! Palminhas!...

Finalmente! E a tonta da mãe nem dava por nada. Foi preciso uma dentada para mãe concluir: "Au!"

sexta-feira, setembro 02, 2005

Japoneses???!!!



Ah! Ainda não me recompus! Eu que me farto de dizer à criançada de hoje em dia que não sabem o que são desenhos animados a sério, que bons eram os nossos, agora é só violência japonesa, vim a descobrir isto! Bem feita! Para me deixar de ocos elitismos saudosistas!

Pavlov


Eu nunca tive um cão. Agora tenho uma filha. Pavlov teve filhos, mas só entendeu o que é o comportamento condicionado com um cão. Para o efeito, tanto faz. Vejamos:

1º Na agitação do adormecer ou na euforia do despertar, sem querer, a Pirralhita atira a chucha para fora da cama ;

2º A mãe, ouvindo o barulho da chucha, vai ao quarto da Pirralhita e dá-lhe nova chuchinha;

3º Na agitação do adormecer ou na euforia do despertar, sem querer, a Pirralhita atira a chucha para fora da cama;

4º O pai, ouvindo o barulho da chucha, vai ao quarto da Pirralhita e dá-lhe nova chuchinha;

5º Na agitação do adormecer ou na euforia do despertar, sem querer, a Pirralhita atira a chucha para fora da cama;

6º A mãe, ouvindo o barulho já familiar, vai ao quarto da Pirralhita e dá-lhe nova chucha;

7º Na euforia do despertar, de propósito, a Pirralhita atira a chucha para fora da cama;

8º A mãe ( ingénua,benevolente e de olho naquela horinha que ainda deve à cama) vai ao quarto da Pirralhita e dá-lhe nova chuchinha;

9º Na euforia do despertar, de propósito (de olho naquela horinha que seria da mãe), a Pirralhita atira a chucha para fora da cama;

10º A mãe (ainda ingénua, já menos benevolente, mas ainda de olho na tal horinha) vai ao quarto da Pirralhita e enche-lhe a cama de chuchas;

11º Na euforia do despertar, de propósito (sempre de olho naquela horinha que talvez não seja da mãe) a Pirralhita atira uma chucha para fora da cama;

12º A mãe (ainda ingénua, já pouco benevolente e ainda de olho na tal horinha) começa a contar, no conforto dos lençóis e da sua esperteza saloia: "E vai uma...";

13º Na euforia do despertar, de propósito (sempre de olho naquela horinha que não há-de ser da mãe) a Pirralhita atira mais uma chucha borda fora;

14º A mãe (despojada de quase toda a ingenuidade e benevolência, e a ver mal parada a tal horinha) continua a contar: "E vão duas...";

15º Na euforia do despertar, de propósito (sempre de olho naquela horinha que garantidamente não há-de ser da mãe) a Pirralhita entrega ao vazio outra chucha;

16º A mãe (despedindo-se da ingenuidade e benevolência, certa de que o sono continua, mas só à noite) acaba de contar: "E vão três!..."

17º Na euforia do despertar, de propósito (já a ver chegar a desejada horinha que afinal é sua) a Pirralhita atira com a última chucha;
18º A mãe, irremediavelmente benévola, lá vai à colheita das chuchas, para gáudio da Pirralhita, a bater com os pés e mãos;
19º O pai junta-se à festa;
20º Na manhã seguinte é certo e sabido: nem sequer vira o disco - toca o mesmo...

quinta-feira, setembro 01, 2005

AVISO

Levei o meu carro à inspecção automóvel com a Pirralhita atrás.
NÃO RECOMENDO.