... Sem fundamentalismos, nem conversa lírica, porque hoje o assunto exige aquele pragmatismo que não dá espaço ao colorido estilístico das palavras.
Primeiro esclarecimento: Isto não é um babyblog! Compreendo que o leitor mais distraído, apanhado ao primeiro relance pelos "bonecos" (pezinhos pequeninos, fraldas e cadeirinhas de bebé), o considere assim. É o mesmo inconveniente que apresentam os livros ilustrados e é por isso que não gosto deles: condicionam-nos invariavelmente a leitura. Sim, já sei que se impõe a pergunta: "Então... e ilustra o seu blog porquê?". As fotos do meu blog não são ilustrações! São posts que nem sequer ilustram outros posts. Elas valem por si só, são também textos, mas iconográficos, tão passíveis de leitura como os restantes, que se apresentam numa sucessão de caracteres. É por isso que prefiro nem lhes atribuir título ou legenda, para não limitar a sua interpretação. Pronto! Está fundamentado o primeiro esclarecimento.
Segundo esclarecimento: É natural que, como mãe recente, a minha criança domine todo o meu universo racional (e o irracional também!). A questão é incontornável e eu não vou fazer nada para a evitar, muito pelo contrário! Seria até muito compreensível se não controlasse a força deste domínio e, de repente, me desse para mostrar ao mundo o rosto deste conquistador - brincando com as mãozinhas, chorando a vinte minutos da refeição, rindo à gargalhada com as palhaçadas do pai...Que bem ficaria na World Wide Web! Na verdade, só uma réstia de bom senso, que eu julgava perdido neste estado de paixão, pôs freio a este meu impulso. Disse-me assim: "Espera, espera lá... Mas quem é que vai ver isto? Com que intenções?". Mas foram só estas as perguntas que me fez o grilo. Nunca me falou na Lei de Protecção de Crianças e Jovens, nem do tal artigo 4º, alínea b) da dita lei! Pois é... e eu hoje entendo tão bem o sensato insecto!... Ele sabia perfeitamente que o que estava em causa não era o USO ou o ABUSO da imagem de uma criança, que evidentemente tem de ser protegida nos seus direitos! Alguém pode dizer que uma mãe, que mostra orgulhosa a foto que traz na carteira ao primeiro colega de trabalho que lhe aparece pela frente, está a USAR a imagem do filho??!! No entanto, ninguém pode garantir, de pezinhos assentes na terra, as boas intenções do dito colega! E passa pela cabeça de alguém averiguar primeiro se esse gesto babado colide com aquela que será a vontade da criança? Pois... porque a experiência da melhor das mães diz-lhe que, nesta fase, as vontades do bebé são quatro apenas: comer, dormir, explorar o mundo e ser amado! Não obstante, nenhuma mãe precisa que o mundo inteiro saiba como ela ama o seu besnico! Não é por isso que exibe a foto! O que busca é a compreensão condescendente do mundo para a capitulação incondicional! Pensa assim: "Entendem agora, olhando para ele, por que foi que me rendi? Entendem o rio de baba? Estou perdoada pela redundância das histórias que conto?" Nenhuma mãe puxa do papel Kodak na beata intenção de fazer bem ou mal a um filho! Nenhuma mãe pensa ao fazê-lo: "Amo-te tanto que faço contigo o que quero"! Aquele bebé em papel justifica a sua condição de feliz derrotada na batalha dos afectos! Não lhe levem a mal! Depois há os blogs... que acabam por servir este mesmo fim, com outra projecção, a uma escala infinitamente mais vasta. Não estamos a falar da exposição em gigantescos outdoors publicitários, que até trariam bons proventos à menos escrupulosa das mães... e a verdade é que com esses meninos-públicos ninguém se parece preocupar muito. De lado deixo as aberrações da natureza -que também existem, claro!- e nada têm a ver com a esmagadora maioria das mães. Eu, pelo menos, quero acreditar nisso...
Terceiro esclarecimento: É como um desabafo que este post deve ser entendido... um momento de reflexão que se impôs. Não quero de forma alguma que entendam como um ataque às opiniões divergentes da minha. Num tu, Papoila, o deves entender assim. Agradeço-te, aliás, o conflito interior que me proporcionaste e a reflexão a que me obrigaste. Só gostaria de saber se me entendes um bocadinho melhor, agora que já nasceu a tua mini-deusa. De resto, eu nunca censurei publicamente blogs alheios, nem o farei... Posso recomendá-los, desaconselhá-los... Por falar nisso, o Papoila Procria vale a pena.
Primeiro esclarecimento: Isto não é um babyblog! Compreendo que o leitor mais distraído, apanhado ao primeiro relance pelos "bonecos" (pezinhos pequeninos, fraldas e cadeirinhas de bebé), o considere assim. É o mesmo inconveniente que apresentam os livros ilustrados e é por isso que não gosto deles: condicionam-nos invariavelmente a leitura. Sim, já sei que se impõe a pergunta: "Então... e ilustra o seu blog porquê?". As fotos do meu blog não são ilustrações! São posts que nem sequer ilustram outros posts. Elas valem por si só, são também textos, mas iconográficos, tão passíveis de leitura como os restantes, que se apresentam numa sucessão de caracteres. É por isso que prefiro nem lhes atribuir título ou legenda, para não limitar a sua interpretação. Pronto! Está fundamentado o primeiro esclarecimento.
Segundo esclarecimento: É natural que, como mãe recente, a minha criança domine todo o meu universo racional (e o irracional também!). A questão é incontornável e eu não vou fazer nada para a evitar, muito pelo contrário! Seria até muito compreensível se não controlasse a força deste domínio e, de repente, me desse para mostrar ao mundo o rosto deste conquistador - brincando com as mãozinhas, chorando a vinte minutos da refeição, rindo à gargalhada com as palhaçadas do pai...Que bem ficaria na World Wide Web! Na verdade, só uma réstia de bom senso, que eu julgava perdido neste estado de paixão, pôs freio a este meu impulso. Disse-me assim: "Espera, espera lá... Mas quem é que vai ver isto? Com que intenções?". Mas foram só estas as perguntas que me fez o grilo. Nunca me falou na Lei de Protecção de Crianças e Jovens, nem do tal artigo 4º, alínea b) da dita lei! Pois é... e eu hoje entendo tão bem o sensato insecto!... Ele sabia perfeitamente que o que estava em causa não era o USO ou o ABUSO da imagem de uma criança, que evidentemente tem de ser protegida nos seus direitos! Alguém pode dizer que uma mãe, que mostra orgulhosa a foto que traz na carteira ao primeiro colega de trabalho que lhe aparece pela frente, está a USAR a imagem do filho??!! No entanto, ninguém pode garantir, de pezinhos assentes na terra, as boas intenções do dito colega! E passa pela cabeça de alguém averiguar primeiro se esse gesto babado colide com aquela que será a vontade da criança? Pois... porque a experiência da melhor das mães diz-lhe que, nesta fase, as vontades do bebé são quatro apenas: comer, dormir, explorar o mundo e ser amado! Não obstante, nenhuma mãe precisa que o mundo inteiro saiba como ela ama o seu besnico! Não é por isso que exibe a foto! O que busca é a compreensão condescendente do mundo para a capitulação incondicional! Pensa assim: "Entendem agora, olhando para ele, por que foi que me rendi? Entendem o rio de baba? Estou perdoada pela redundância das histórias que conto?" Nenhuma mãe puxa do papel Kodak na beata intenção de fazer bem ou mal a um filho! Nenhuma mãe pensa ao fazê-lo: "Amo-te tanto que faço contigo o que quero"! Aquele bebé em papel justifica a sua condição de feliz derrotada na batalha dos afectos! Não lhe levem a mal! Depois há os blogs... que acabam por servir este mesmo fim, com outra projecção, a uma escala infinitamente mais vasta. Não estamos a falar da exposição em gigantescos outdoors publicitários, que até trariam bons proventos à menos escrupulosa das mães... e a verdade é que com esses meninos-públicos ninguém se parece preocupar muito. De lado deixo as aberrações da natureza -que também existem, claro!- e nada têm a ver com a esmagadora maioria das mães. Eu, pelo menos, quero acreditar nisso...
Terceiro esclarecimento: É como um desabafo que este post deve ser entendido... um momento de reflexão que se impôs. Não quero de forma alguma que entendam como um ataque às opiniões divergentes da minha. Num tu, Papoila, o deves entender assim. Agradeço-te, aliás, o conflito interior que me proporcionaste e a reflexão a que me obrigaste. Só gostaria de saber se me entendes um bocadinho melhor, agora que já nasceu a tua mini-deusa. De resto, eu nunca censurei publicamente blogs alheios, nem o farei... Posso recomendá-los, desaconselhá-los... Por falar nisso, o Papoila Procria vale a pena.
3 comentários:
Entendo perfeitamente.
Muitos beijinhos e parabéns pelo post.
p.s
vou dar de mamar, conversar e namorar com a minha catraia...:)
Papoila
Bem...
Nunca tinha visto as coisas por esse prisma... no entanto, parece-me um pouco... excessivo? (falta-me a palavra adequada)
No entanto é apenas a minha opinião... e respeito a tua!
Bjkas
Nem sei como começar...
Axo k ñ foi com a intenção de prejudicar o meu filho k fiz o blog.
Penso k ñ é essa a intenção de nenhuma mãe mas claro k cada um fala por si...
Acabei por ir visitar o blog da Papoila e por + q ñ queira senti-me magoada com as palavras k li pq me fizeram sentir uma má mãe quando eu tenho a certeza q dou o meu melhor.
Cada um tem a sua opinião...
Mas axei um pouco "cruel", ñ sei se será a palavra melhor...
Rakel
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