terça-feira, abril 17, 2007

Clausura

Hoje, aos microfones da TSF, um dos arquitectos mentores das tertúlias "Barulho na Casa" dizia que as discussões que programavam serviam para abrir as pessoas ao mundo, ou o mundo às pessoas, porque, segundo ele, quando gostamos e nos sentimos muito bem em nossa casa, ou amamos mais que tudo uma mulher, temos tendência para nos fecharmos no nosso paraíso, encantados pelo objecto da nossa paixão, e caímos numa espécie de solidão inadvertida, mas alimentada. Entendi muito bem o que quis dizer. Conheço muito bem a experiência. E pergunto-me: o inverso, o escancarar das nossas portas e janelas ao mundo, indiciará a chama apagada, a ausência de paixão?

Blogs? Eu não falei em blogs... Alguém falou em blogs?

5 comentários:

Raquel disse...

Pronto...lá estás tu! Eu acho que não. Mas isto é só a minha opinião.
A mim, a necessidade de escrever sobre as coisas, ajuda-me a reflectir mais sobre elas. O blog é sobre a minha vida, mas não é a minha vida. A nossa vida continua depois do blog e para além dele. A paixão essa vive-se no dia a dia. E não é bem paixão, porque a paixão afasta-nos do resto do mundo. Isto é mais um amor para sempre. Calmo, intenso. É a chama de uma vela que nunca se apaga e não uma explosão que nos acelera o coração mas que consome tudo à volta e depois deixa um vazio.

Pronto, já estou para aqui a discursar...perdi-me nas palavras...

Beijo

Jolie disse...

naaaa... em alguns casos até pode ser, mas na maioria dos que conheço não.

a mãe dos miúdos disse...

discordo. partilhá-la é a expressaão máxima desse deslumbramento, é quando o sentimento se torna maior que tu e tens necessidade que toda a gente veja e sinta o quão feliz e enamorada és e estás.

anne disse...

não se pode generalizar. De certeza que há casos em que isso acontece,mas noutros não.
E depois há casos que funciona das duas maneiras, dependendo do dia, do estado de espirito e da situação, porque a vida não linear e como tal o amor/paixão tb não é.

Anónimo disse...

Gosto muito do que escreves e ás vezes, muitas, identifico-me!
Ines