quarta-feira, abril 18, 2007

Bond, my name´s Bond, James Bond *


Mas aquele não era 007. Dizia ele que era o Homem-Aranha, pendurado no escorrega, quando lhe perguntei:

- Como te chamas?

- Homem-Aranha. Fábio Homem-Aranha - respondeu, a empinar o queixo, lá do alto. Ficou logo claríssimo que "Homem-Aranha" não era cognome, alcunha, nem título comprado. Era antes parte autêntica e genuína da sua identidade. Não havia nada de postiço ou fictício no nome.

- E quantos anos tens, Fábio Homem-Aranha?

Então começou a dedilhar os anos, um bocado atrapalhado, até conseguir esfregar-me no nariz quatro dedos espetados a custo - eram, portanto, quatro aninhos recentes.

Homem Aranha, pois claro. E eu só queria a ingenuidade dele e seria então a Mulher-Maravilha. Maravilha mesmo: 0% celulite, soutien nº 38, 60 kg distribuídos por 1,80 m... Como foi que disse? Sem morada certa? Sem o meu homem? Made in USA? Ok... Fico com a celulite... Como?! Ainda assim mantenho a abstinência e a bandeira estrelada, às riscas?! Pronto... esqueçam lá o 38... Ainda assim não dá para trocar pernas e braços debaixo do edredon?! Mulher. Ponto. Abro mão do "Maravilha". Vendo bem, até ficava um bocado piroso. E benditos quatro anos...



* Este é para ti, já que não posso fazer mais.

3 comentários:

S.A. disse...

é isso mesmo...

InêsN disse...

:'o)

(chorar de alegria/amizade é coisa pouco comum nos tempos que correm...obrigada!)

Pedro_Nunes_no_Mundo disse...

Seja como for habita lá no fundo um herói anónimo que tem como modelo os heróis da infância.

E ainda bem.

http://pedronunesnomundo.blogspot.com/2007/03/crnica-da-morte-da-amrica.html

Inatingível e inimitável como bom herói que se preze...