Também podia ter escolhido o título: "E o melhor dos meus genes nela é...".
O sentido de humor. Atenção que eu não disse "o bom humor". Disse "o sentido de humor". Não é que ela seja mal humorada, que nem é nada, mas é no sentido de humor que nos identificamos, ou seja, aquilo a que achamos graça, ou aquilo com que fazemos piadas.
O ridículo e o desconcertante divertem-me. Então se juntarmos ao ridículo a perversão de regras secularmente instituídas, é o delírio. Ela pensa da mesma forma.
Tenho para mim que não foi por acaso que ela soltou a sua primeira gargalhada comigo, com um mês de idade apenas (na véspera de fazer dois meses, bem entendido). Aquilo de ver a mãe, normalmente penteada, agitando um penacho no cocuruto, com ar de alucinada, não estava de acordo com o que ela tinha convencionado. Naqueles instantes de palhaçada, era como se a mãe caísse em descrédito com semelhantes figuras e tinha, por isso, graça.
Da mesma forma, ter diante dos olhos um garoto mais velho que ela, que se desenvencilhava já muito melhor em termos motores, e que de repente se estatelou ao comprido, vindo-lhe aterrar diante dos pés, fez explodir-lhe da boca um inconveniente "PIMBA!" e uma garagalhada tal, que eu não tive alternativa senão esconder-lhe a cara, incomodada perante a mãe do miúdo. É... ver alguém descomposto no meio do chão também me dá vontade de rir, o que é que querem? É o mais básico do meu sentido de humor que vem à tona, eu sei, mas não consigo evitar, no mínimo, o retorcer dos lábios. Isto contando que o acidente não provoque danos, claro! Claro... mais ou menos... não sei se para ela as coisas são tão claras assim... Complicado, complicado foi tentar controlar semelhante cena no supermercado: uma fedelha de vinte e um meses a gritar automaticamente "PIMBA!", assim que um miúdo lhe cai aos pés, e a rebentar numa gargalhada logo a seguir. É que até me fez mal conter a gargalhada, até fiquei com uma dor de cabeça, mas teve de ser - do outro lado estava a mãe da vítima, que não sabia nada dos genes nesta história.
O sentido de humor. Atenção que eu não disse "o bom humor". Disse "o sentido de humor". Não é que ela seja mal humorada, que nem é nada, mas é no sentido de humor que nos identificamos, ou seja, aquilo a que achamos graça, ou aquilo com que fazemos piadas.
O ridículo e o desconcertante divertem-me. Então se juntarmos ao ridículo a perversão de regras secularmente instituídas, é o delírio. Ela pensa da mesma forma.
Tenho para mim que não foi por acaso que ela soltou a sua primeira gargalhada comigo, com um mês de idade apenas (na véspera de fazer dois meses, bem entendido). Aquilo de ver a mãe, normalmente penteada, agitando um penacho no cocuruto, com ar de alucinada, não estava de acordo com o que ela tinha convencionado. Naqueles instantes de palhaçada, era como se a mãe caísse em descrédito com semelhantes figuras e tinha, por isso, graça.
Da mesma forma, ter diante dos olhos um garoto mais velho que ela, que se desenvencilhava já muito melhor em termos motores, e que de repente se estatelou ao comprido, vindo-lhe aterrar diante dos pés, fez explodir-lhe da boca um inconveniente "PIMBA!" e uma garagalhada tal, que eu não tive alternativa senão esconder-lhe a cara, incomodada perante a mãe do miúdo. É... ver alguém descomposto no meio do chão também me dá vontade de rir, o que é que querem? É o mais básico do meu sentido de humor que vem à tona, eu sei, mas não consigo evitar, no mínimo, o retorcer dos lábios. Isto contando que o acidente não provoque danos, claro! Claro... mais ou menos... não sei se para ela as coisas são tão claras assim... Complicado, complicado foi tentar controlar semelhante cena no supermercado: uma fedelha de vinte e um meses a gritar automaticamente "PIMBA!", assim que um miúdo lhe cai aos pés, e a rebentar numa gargalhada logo a seguir. É que até me fez mal conter a gargalhada, até fiquei com uma dor de cabeça, mas teve de ser - do outro lado estava a mãe da vítima, que não sabia nada dos genes nesta história.
9 comentários:
Aiii que gene mais bom que ela roubou da mãe lolll.
Adoro ler a tua escrita, sempre que escondida, mas sempre espreitando esta tua casa.Upsss isto não era para escrever.
:-))
Um bicho de mato com sentido de humor?
É meio caminho andado para a socialização, não achas?
Pois que herdou um gene fantástico!!!
O meu também não se contém com cenas dessas. nem disfarça...mas o meu é um gajo muito descarado.
Um bicho-do-mato que grita PIMBA no meio do supermercado?
Estou quase a dizer que é uma fase! ;))))
eu sou tal e qual assim!!! mas tenho uma muito má: rio-me à brava quando alguém se assusta. sabes aquele saltinho e o "ai" que soltam? só de imaginar dá-me vontade de rir sem parar.
e eu prego sustos à Joana... mas só porque ela se desmancha a rir a seguir
eu tb me ri-o com a desgraça alheia, mas já levei respostas tortas com isso. Agora tento me controlar mordendo a lingua ou os lábios.
mega-lol!
Mas eu tinha revirado os lábios bem para cima no mínimo!
Para a próxima ri também... a menos que gostes de dores de cabeça :p !
Opá... e eu q pensava q era das poucas pessoas a admitir q tenho um sentido de humor assim pró... sádico...
(o que eu me rio com as anedotas sobre sádicos...)
Isso vai ser granda gaja! ;p
Looooooooool
Delirei só a imaginar a cena :D
PS: eu costumo ser criticada por ficar perdida de riso com o "isto só video"
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