O momento era enorme, o espaço também. O espaço era, aliás, demasiado grande para o momento: o seu primeiro sarau de ginástica. Pelo caminho, sem lhe querer azedar a alegria, rasgada naquela boca de palhaço e iluminada pelo verde do seu cabelo, fui prevenindo:
- Queridinha, os papás estão lá, vão estar sempre lá, mesmo que não nos vejas. Podes não nos ver, mas estamos sempre lá, a bater muitas palmas e a fazer-te adeus, sim?
No final estava francamente perturbada, porque não nos viu no meio da multidão, apinhada no pavilhão gimnodesportivo... Não acreditou na garantia que lhe dei? Esqueceu-a? A verdade é que não se pode exigir tamanha fé a um corpo tão pequeno. Há que ver para crer.
Acredita. Não esqueças. Podes não me ver, mas estarei sempre lá.
- Queridinha, os papás estão lá, vão estar sempre lá, mesmo que não nos vejas. Podes não nos ver, mas estamos sempre lá, a bater muitas palmas e a fazer-te adeus, sim?
No final estava francamente perturbada, porque não nos viu no meio da multidão, apinhada no pavilhão gimnodesportivo... Não acreditou na garantia que lhe dei? Esqueceu-a? A verdade é que não se pode exigir tamanha fé a um corpo tão pequeno. Há que ver para crer.
Acredita. Não esqueças. Podes não me ver, mas estarei sempre lá.
3 comentários:
O mais velho também ficava sempre assim, à nossa procura, deve ser angustiante para eles. Agora, ver-nos ainda o deixa mais envergonhado :)
O poder das crianças.
Tantos as suas alegrias como as suas angústias são maravilhosas.
Ao contrário de quando forem como nós.
Em que tanto as angústias como as alegrias serão passíveis excesso e de erro.
Aproveitemos pelas suas mãos.
É tão bom...
Ohh... está tão bonita!!!
E eu fiquei de lagrimita no olho, principalmente com a última parte... gostei muito deste post.
: )
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