Amarelo
Era a planície. Imensa.
O horizonte incandescente.
E toda a paisagem propensa
À triste solidão crescente
Que a minha razão acende
Cada vez que venho aqui.
Só um pouco de verde ou azul
Que me afogasse este amarelo...
Quem sabe se com o Norte a Sul
Abrando a agonia de vê-lo
Sempre o mesmo moribundo...
Era só um pouco de azul!
Agora é negro. Negro é tudo.
Guarda o azul para ti.
Toma antes este meu rubro
Derramado sobre amarelo.
Serão chamas para os meus olhos
Cada vez que venho aqui.
08.11.1991
Sem comentários:
Enviar um comentário