Para mim é linear: a fraqueza de argumentos fala por si, é metástase de uma debilidade maior. Assim foi com os activistas do “Não ao Acordo Ortográfico”. Comecei por estranhar manifestações pontuais de ignorância por parte de quem se arroga o estatuto de paladino do idioma luso, depois vieram os ataques pessoais, logo a seguir as invectivas xenófobas, seguidas de abespinhados complexos de serôdio colonialismo. A páginas tantas, não eram já argumentos o que ouvíamos, mas ecos, porque a mensagem se esvaziou, desconexa. Lamento. Sem ponta de ironia, lamento. Sendo o texto do acordo tão explícito nas suas próprias fraquezas, não seria difícil alvejar-lhe a cabeça, o coração, ou mesmo o calcanhar, em cheio no tendão que o fez nascer claudicante. Mas não. À falta de perícia optaram pelo foguetório, mal doseado de pólvora e a estoirar em mãos inaptas.
Não ao acordo, mas não assim.
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