Logo pela manhã, acabada de chegar à escola, dei com a laje do pátio em estagnado rebuliço. Numa imobilidade tétrica, aquelas folhas de plátano lembravam:
Não te iludas. Ainda que te dispas vestindo-te de Verão, o tempo não pára, nem inverte a marcha. Antes corre a bom ritmo. Pára tu, ou corre também – como tiver de ser – mas não deixes nada para trás.
Parcas em argumentos, convenceram-me. Cada uma mais encarquilhada que a outra, sem pingo de vida, sugada pelo tempo quente, fizeram-me correr também para poder parar mais logo com os miúdos ao colo e o meu homem por perto.
Que não me passe da ideia, ao final do dia, a cor falida do alerta matinal. Que não me passe da ideia a razão de ser da corrida acelerada, o motivo do galope – a ilusão de tempo estancado e plenamente degustado, antes do sono.
Já sinto o aroma doce da sobremesa e não me façam muitas perguntas sobre o resto da refeição. Esqueci-me de lhe tomar o gosto, com o fito na última iguaria.
Não aprendi nada, eu acho, e amanhã o vento já as calou.
Não te iludas. Ainda que te dispas vestindo-te de Verão, o tempo não pára, nem inverte a marcha. Antes corre a bom ritmo. Pára tu, ou corre também – como tiver de ser – mas não deixes nada para trás.
Parcas em argumentos, convenceram-me. Cada uma mais encarquilhada que a outra, sem pingo de vida, sugada pelo tempo quente, fizeram-me correr também para poder parar mais logo com os miúdos ao colo e o meu homem por perto.
Que não me passe da ideia, ao final do dia, a cor falida do alerta matinal. Que não me passe da ideia a razão de ser da corrida acelerada, o motivo do galope – a ilusão de tempo estancado e plenamente degustado, antes do sono.
Já sinto o aroma doce da sobremesa e não me façam muitas perguntas sobre o resto da refeição. Esqueci-me de lhe tomar o gosto, com o fito na última iguaria.
Não aprendi nada, eu acho, e amanhã o vento já as calou.
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