Este ano tenho o Natal cá dentro. Nunca tinha acontecido. Sempre achei bonito que acontecesse. Este ano sou eu o embrulho, de laço azul. Tenho cá dentro o Rossio iluminado e aconchegado em lã e cheiro de castanhas assadas. Sinto-me calda morna de rabanadas, no consolo das avelãs roubadas à mesa ainda intocável. Era ainda uma menina da última vez que experimentei um Natal assim.
Um Natal assim para todos. Queria mesmo.